bukowski

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adorno

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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Quando tudo se acaba, você é minha deselusão e assim me faz ver o real

A distancia é algo que impõe desafios para mim
estou pouco me linchando para ela
assim como estou pouco me linchando
para o maldito e ingrato tempo

Muitas coisas queria fazer
se tivesse o privilegio de voltar no tempo
mas, fodase tudo isso, não quero nem pensar
o mais importante, lhes digo, é o que sou

O que sou agora, é o que importa
se eu amo alguém que nunca vou ver
é o meu amor, não o seu amor

Fale coisas sobre mim, me deixe no chão
Eu retribuo com um sorriso, sinico
pois não sou igual a você! sou uma desilusão

As regras do jogo estão sobre a mesa
e já não tenho vontade de jogar
prefiro ficar sozinho na minha
e em minhas lembranças me afogar

Talvez seja um tolo romântico,
contudo nada mais me abala
quando não existe mais ilusão, tudo se perde
Mesmo assim me encontro, na desilusão

Prefiro ser o que sou
desejando uma coisa absurda
mas são minhas coisas, minhas paixões

Por isso gosto de pensar em você
talvez seja a única coisa que me faça sonhar
Sonho em um dia te ver, em um dia parar de sonhar

Procuro estratégias fatais na vida
nela muitas vezes nada me resta
pelo menos ainda me resta pensar em você!
assim crio forças para encontrar uma saída

Poema destinado a pilha de meu controle remoto, talvez o que me reste desse mundo, onde o real se perdeu e a ilusão já estar fazia. Quando tudo se acaba, você é minha desilusão e assim me faz ver o real.
Tudo estar reduzido a imagem, a aparência e o efémero, tanto que não existe mais o conceito do real para se pensar e o próprio pensamento se perde, contudo quando penso em você resgato a essência das coisas
e consigo ver que o mais importante realmente estar em sentir, na emoção, no subjetivo.

Por isso gritarei bem forte!
Te amo! Te amo! Te amo!
mesmo sabendo que ninguém vai me ouvir
Vou ser eu mesmo e nada mais
e desse simulacro vou sair

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